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Medicina e Saúde
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Células-tronco revertem insuficiência renal crônica em ratos
Agência USP, sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Células-tronco revertem insuficiência renal crônica em ratos
O uso de células-tronco retiradas da medula óssea de ratos saudáveis reverteu a insuficiência renal crônica em animais que sofriam da doença. A função renal desses ratos, que era de 20% de sua capacidade, passou a 50% após o tratamento. "Esses resultados são inéditos na literatura e se mostram bastante promissores", conta a professora Lúcia Andrade, do Laboratório de Pesquisa Básica da Disciplina de Nefrologia da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

O grupo agora tem a intenção de, inicialmente, usar este tratamento como medida terapêutica em cães e gatos. "Mas vale ressaltar que ainda não definimos nada neste sentido. Já para o uso em humanos, o caminho é bem mais longo e depende, principalmente, de tecnologia e de vários testes que tornem a técnica mais segura. Isso pode levar, no mínimo, uns dois anos", destaca a médica.

Os estudo está sendo publicado na revista Stem Cells. A pesquisa foi realizada a partir de um modelo animal de insuficiência renal crônica. Para simular esta doença em ratos, os pesquisadores retiram totalmente um dos rins e 2/3 do outro. Lentamente, os animais vão perdendo a função renal ficando com apenas 20% de sua capacidade. "Trata-se de um modelo de insuficiência renal bastante conhecido e utilizado na literatura", comenta Lucia Andrade.

Foram usados, no total, 40 ratos, divididos em 4 grupos com 10 animais cada: controle (com função renal normal) um grupo com a doença, mas que não recebeu nenhuma aplicação com células-tronco um grupo com a doença que recebeu aplicação de células-tronco no 15º dia após a retirada dos rins e um outro grupo com a doença que recebeu aplicações no 15º, 30º e 45º dia após a cirurgia.

Os pesquisadores estudaram esses animais durante 4 meses. Os resultados foram idênticos nos grupos que receberam uma e três aplicações de células-tronco. A função renal foi estudada aos 60 e aos 120 dias. Após o final desse período, os animais que receberam as células-tronco apresentavam 50% da capacidade renal. Os que não receberam as aplicações continuavam com apenas 20% da função renal.

"Em termos de comparação, se transportarmos esse contexto para seres humanos, 20% da capacidade renal corresponde à necessidade de diálise. Já um paciente que tem apenas 50% da capacidade renal, pode ter uma vida normal desde que tenha acompanhamento médico e tome algumas medidas preventivas no cuidado com a saúde", aponta a pesquisadora. A diálise é um tratamento onde é feita a filtração do sangue, com a finalidade de retirar as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, repondo as funções dos rins.

Outro ponto destacado pela pesquisadora é o tempo de 120 dias em que os animais foram estudados. "É um período longo, pois a média de vida desses ratos gira em torno de 2 a 3 anos", afirma a médica.

SOBRE A DOENÇA

Várias doenças podem causar a insuficiência renal crônica, sendo a diabetes a principal causa. Pressão alta, rins policísticos, as nefrites, a pielonefrite também são causadoras do mal. "Há uma perda muito grande da qualidade de vida do paciente. Eles precisam fazer diálise três vezes por semana, em um procedimento que dura cerca de quatro horas", comenta a pesquisadora.

De acordo com Lúcia Andrade, em 2007, somente no Brasil, 73.605 pacientes estavam em programas de diálise (a maioria hemodiálise). Na região Sudeste, 18 mil pacientes estão em fila de espera para transplante renal. A taxa de mortalidade para pacientes em diálise é de 15%. "Nossa pesquisa é de extrema importância, pois é um grande avanço no estudo para tratamentos da doença renal", aponta.

O trabalho contou com a participação dos pesquisadores da USP Cristianne Silva Alexandre, Rildo Aparecido Volpini, Maria Heloísa Shimizu, Talita Rojas Sanches, Vera Lúcia Di Jura e Antonio Carlos Seguro (coordenador do Laboratório), além de Patrícia Semedo e de Niels Olsen Saraiva, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). A pesquisa tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
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