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Medicina e Saúde
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PROTEJA-SE - COMO PROTEGER O SISTEMA IMUNOLÓGICO
JULLIANE SILVEIRA, quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
PROTEJA-SE - COMO PROTEGER O SISTEMA IMUNOLÓGICO
Um nariz escorre daqui, uma tosse ataca dali e, à medida que aumenta a incidência desses mal-estares, percebe-se que o inverno se aproxima -com ele, gripes, resfriados, infecções. A grande amplitude térmica desta época -na última terça-feira, por exemplo, a temperatura oscilou entre 15ºC e 25ºC em São Paulo- também ajuda a causar esses distúrbios.
"O organismo sente as variações bruscas de tempo no mesmo dia. Elas geram estresse, o que desencadeia a produção de hormônios com ação indireta no sistema imunológico", explica o imunologista Luiz Vicente Rizzo, professor do Instituto de Ciências Biológicas e chefe do ambulatório de imunodeficiência do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo).
Manter janelas fechadas, hábito comum no frio, também aumenta a concentração de vírus e bactérias e facilita a exposição a eles. Isso sem contar os climatizadores, emissores de sujeira e bactérias quando a limpeza não é feita da forma e com a freqüência corretas.
Se os agentes externos são inevitáveis, fortalecer o sistema imunológico pode ser a saída para minimizar os desconfortos outono invernais. E não se trata de se entupir de remédios vendidos como eficazes para prevenir esses males. "Não existe fórmula milagrosa: o que faz bem para todo o organismo certamente fará bem para o sistema imunológico", pondera Rizzo. Bons hábitos, mais do que remédios, favorecem as células responsáveis pela imunidade e são a melhor forma de prevenir doenças o ano todo.
Isso porque o sistema imunológico trabalha em dependência com outros mecanismos do corpo, como a produção de hormônios e a metabolização da glicose. Qualquer desequilíbrio nesses fatores também pode mudar a eficácia das células de defesa -e tornar o corpo mais vulnerável à ação de vírus e bactérias. "O sistema imunológico é uma intrincada rede de células com diversas funções, e elas têm de trabalhar de forma harmoniosa", diz Victor Nudelman, imunologista da clínica de especialidade pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein.
Veja o que influencia o sistema imunológico e saiba o que fazer para equilibrar naturalmente suas defesas.

PESO SAUDÁVEL

O ganho excessivo de peso pode fazer com que células do sistema imunológico se alojem nas camadas de gordura do corpo e não trabalhem corretamente na defesa do organismo. Além disso, as células gordurosas "roubam" a glicose que seria usada como energia pelo sistema imunológico.

Para seu doutorado na USP, a endocrinologista Cristiane Moulin estudou o impacto da cirurgia bariátrica em obesos mórbidos. Entre outras melhorias, constatou que esses pacientes, após perderem cerca de 26% do peso, voltaram a produzir citocinas, substâncias que regulam o sistema imunológico.

Moulin diz que ainda não se sabe exatamente quais são os mecanismos envolvidos nesse processo, mas acredita que obesos e pessoas com sobrepeso também podem ter melhorias em seu sistema imune com a perda de peso. "Há pesquisas mostrando que onde trafegam as células imunológicas trafegam as de gordura e, por isso, pode haver alguma relação", afirma Nudelman.
Dietas restritivas e baixo peso também debilitam o sistema imunológico por isso, a perda de peso, se necessária, deve ser acompanhada de uma alimentação equilibrada.

CONTROLAR O ESTRESSE

Em situações de estresse físico ou emocional, o organismo entende que é preciso liberar hormônios que ajudam a dar energia para que o organismo enfrente a dificuldade, e esse processo "rouba" glicose das células imunológicas. Também altera os níveis de alguns hormônios que têm ação no sistema imune.
O estresse ainda leva a uma diminuição do sono e do aproveitamento dos alimentos ingeridos, o que pode aumentar a susceptibilidade a infecções.
Se a rotina é estressante, procure uma válvula de escape nos momentos de maior pressão. "Tudo o que desfaz o estresse e restabelece o equilíbrio básico do organismo traz benefício ao sistema imunológico", diz Nudelman, do Albert Einstein.

DORMIR BEM

Um dos hormônios secretados na hora de dormir, a melatonina, tem função indireta em diversas células e, mais uma vez, nas células de defesa, já que ajuda no controle da resposta imune mais especializada.
Qualquer anormalidade que altere a produção dessa substância, como sucessivas noites mal dormidas, pode desregular essa resposta e tornar o organismo mais vulnerável. "Se a pessoa não dorme bem, não secreta melatonina direito e, assim, todas as atividades ligadas à imunidade celular estarão prejudicadas: a asma e as doenças auto-imunes pioram, por exemplo", diz Luiz Rizzo, da USP.
As necessidades individuais de descanso variam. Procure atingir diariamente o tempo de sono que o faça se sentir bem-disposto durante todo o dia.

PRATICAR EXERCÍCIOS

Apesar de trazer efeitos positivos, ainda não se sabe se a atividade física tem efeito direto no sistema imunológico ou se o auxilia pelo fato de ajudar a reduzir o estresse, a manter o peso e a dormir melhor. "Mas há estudos que mostram que quem caminha todo dia tem melhor resposta imune e quem se exercita moderadamente passa menos dias doente", afirma a imunologista Amélia Ribeiro de Jesus, membro da SBI (Sociedade Brasileira de Imunologia).
No entanto, exercícios em excesso deprimem o sistema imunológico. Segundo o ortopedista André Pedrinelli, diretor do Comitê de Trauma do Esporte da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), sair do sedentarismo e partir para exercícios de alto impacto pode trazer os mesmos malefícios da atividade em excesso. "Trabalhar acima da capacidade fisiológica pode levar a microlesões em todos os sistemas corporais, inclusive no imunológico."

NÃO ABUSAR DE ANTIBIÓTICOS

Tomar esses remédios para qualquer dor de garganta pode deixar o sistema imunológico mais vulnerável, pois as bactérias benéficas também são atingidas -e são elas que ajudam a proteger o organismo contra microorganismos invasores. Além disso, em geral, infecções de garganta são causadas por vírus -de nada adianta tomar medicamentos que combatem bactérias.
"Os antibióticos podem diminuir a tolerância à alergia no trato gastrointestinal e quebrar a barreira de bactérias com a qual o sistema imunológico conta", diz o imunologista Victor Nudelman.

Mantenha as vacinas em dia, observando recomendações para reforços e outras doses. Idosos devem se vacinar contra gripe e pneumonia.

ALIMENTOS CERTOS

Em geral, uma dieta equilibrada é suficiente para obter todos os nutrientes que ajudam no funcionamento do sistema imune. Porém, sabe-se que o ácido graxo ômega 3, o selênio, o zinco e vitaminas como a A, a C e a E influenciam diretamente nas células imunológicas.
É possível escolher alimentos para garantir o aporte desses nutrientes e a resistência ao sistema imunológico. "Eles atuam diretamente na imunidade ou ajudam a neutralizar os radicais livres produzidos em situações de estresse, que podem prejudicar as funções celulares", explica a nutricionista Elizabeth do Nascimento, professora da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Mas eles precisam estar na dieta com freqüência.

ALHO

Tem componentes que ajudam no sistema imune, como a arginina, que modula a função do linfócito T, uma das células imunológicas. As alicinas, compostos presentes no vegetal, também estimulam as células de defesa.

OSTRA

Esse fruto do mar é fonte de zinco e selênio, minerais que ajudam a formar enzimas essenciais para as atividades das células que são fundamentais para destruir os microorganismos causadores de doenças.
O zinco também está presente na carne bovina e de frango, no ovo e no leite integral a castanha-do-brasil é uma das principais fontes de selênio

VEGETAIS AMARELO- ALARANJADOS

Cenoura, abóbora e mamão são ricos em vitamina A, que aumenta a resistência a agentes infecciosos. De acordo com Elizabeth do Nascimento, o betacaroteno, precursor da vitamina A, atua na regulação da função das células do sistema imune.

PEIXES

Aqueles ricos no ácido graxo ômega 3, como salmão, sardinha, atum, anchova e arenque, melhoram o controle imunológico nas reações inflamatórias. O ômega 3 é um precursor de citocinas, substâncias que atuam no combate a inflamações
Óleo de linhaça, soja, nozes e amêndoas são boas fontes desse ácido graxo

FRUTAS VERMELHAS

Cerejas, amoras, framboesas e uva roxa possuem catequinas, que ajudam a estimular as defesas do organismo. O chá verde também é rico nessas substâncias

FRUTAS CÍTRICAS

"Parece banal, mas freqüentemente não se suprem as necessidades diárias de vitamina C, pois muita gente não ingere os alimentos que são fontes do nutriente", alerta Victor Nudelman. Ele aconselha a ingestão diária de frutas cítricas, que ajudam a garantir a quantidade necessária. "Um estudo feito na África com crianças desnutridas mostrou que a resposta às vacinas melhora com a reposição de vitamina C", afirma Nudelman.

PROBIÓTICOS

Ajudam a regular a microflora intestinal -formada por bilhões de microorganismos e que pode chegar a dois quilos. "Essa microflora forma uma barreira para vários micróbios, evitando que eles entrem no organismo, e também ajusta o sistema imune", afirmou Philippe Sansonnetti, responsável pela unidade de microbiologia molecular patogênica do Institute Pasteur, em entrevista realizada no mês passado, em Paris.
Uma hipótese levantada por Sansonnetti é que a microflora ative o sistema de sobrevivência das células imunológicas, presentes, em grande parte, no intestino. Estudo recente do instituto mostrou que idosos que consumiram probióticos por sete semanas tiveram uma melhor resposta à vacina antigripe do que aqueles que não tomaram. "Trabalhos mostram que crianças alérgicas têm menos dermatite atópica quando consomem iogurtes probióticos", acrescenta Victor Nudelman.

O leite materno, iogurtes e leites fermentados são fontes de probióticos pessoas com imunodeficiências graves não devem usar esse tipo de produto

EVITAR BEBIDAS ALCOÓLICAS

A ação do excesso de álcool é direta: um dos subprodutos da metabolização da bebida no organismo é altamente tóxico para as células imunológicas e pode baixar sua produção.
Cuidado também com excessos na ingestão de doces: picos de insulina podem enfraquecer o sistema imunológico.
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