Estas condições e acontecimentos serão, ao mesmo tempo, as agonias da morte da era antiga e as dores de parto de uma nova era. Assim como as dores aumentam de intensidade e de freqüência pouco antes do nascimento de um bebê, assim também veremos o cumprimento crescente das coisas aqui mencionadas. Duas coisas a destacar neste mundo repleto de ambigüidades:

Aumento populacional - Foi preciso o mundo chegar em 1850 para que a sua população atingisse a casa de um bilhão de habitantes. Por volta de 1930, esse número já era de dois bilhões. Em 1960, tal número já era de três bilhões. Em 1975, apenas quinze anos mais tarde, chegávamos à casa dos quatro bilhões. Neste novo milênio, fechamos com uma população mundial de 6,5 bilhões. Essa condição provocou graves problemas de alimentação, energia e emprego. Todos esses fatores estarão envolvidos na agitação e desassossego que haverá entre as nações, as quais provocarão guerras e muitos desastres.

Escassez de recursos naturais - Todos sabem o que está acontecendo atualmente no mundo, por causa dos preços inflacionados dos combustíveis. As lutas entre as nações, por causa desses recursos, eventualmente produzirão catástrofes generalizadas. As guerras mundiais serão motivadas pela busca atroz por fontes de energia. O pavoroso domínio exercido por nações egoístas levará à explosão de uma nação por outras. As potências militares declararão guerras umas contra as outras, a fim de se apossarem do que resta desses recursos. Os produtos alimentícios serão envolvidos nesse conflito. Os países de população que crescem mais rapidamente são justamente aqueles que dispõem da agricultura mais pobre e primitiva. Há desastres de gigantescas proporções, imediatamente à nossa frente.

O clamor pela causa ecológica - Há pouco mais de vinte e cinco anos atrás, a maioria das pessoas nunca tinham ouvido falar de ecologia. Não era tema do momento. A causa ecológica ainda não havia chamado à atenção. Mas, de repente, a ecologia passou a ser: moda, ideológica, bandeira política e questão social.
O que aconteceu? Segundo J. Marcos Bach, autor do livro: Uma Nova Moral?; “foi preciso que surgisse no horizonte o fantasma de um desastre ecológico para que a humanidade se desse conta de que a natureza é mais que depósito de matérias primas”. As ameaças constantes oriundas da opressão à natureza despertaram a sociedade para a ecologia. O maior clamor pela causa ecológica provém dos resultados das agressões que o homem impôs a natureza e mesmo do seu mau uso. Consideremos algumas realidades assustadoras que inquietam o homem moderno.

As diversas poluições - Começamos a destacar a poluição das águas, que talvez seja um dos problemas mais graves. Indústrias inescrupulosamente que despejam dejetos químicos nos rios e mares; petroleiros avariados que poluem as águas; o mercúrio usado na extração do ouro, que afluem para os rios é notório em nossos dias. Isso faz com que milhares de peixes apareçam mortos, boiando nos rios e mares, sem contar o declínio da condição de vida e das espécies nesses lugares afetados. Caminham juntas, nos grandes centros urbanos, as poluições do ar e sonora. A condição de vida está em constante declínio nas cidades de superpopulação. Milhares de automóveis estão congestionando o trânsito e poluindo o ar. Fábricas e indústrias contribuem para a escassez do oxigênio; barulhos ensurdecedores de motores, buzinas, apitos e correrias contribuem para a neurotização da vida.

Contaminações:

Contaminação do solo - Por uso indiscriminado de certos agrotóxicos.
Contaminação por pesticidas - Pela pulverização de certos produtos para eliminarem insetos prejudiciais à saúde e os alimentos e, conseqüentemente, para os seres humanos.
Contaminação de alimentos - Em função de fertilizantes.
Contaminação biológica - Pela propagação de doenças transmissíveis entre seres animais e humanos.
Contaminação por radioatividade - Proveniente do exercício de várias atividades com usos nucleares, lixo atômico e, sobretudo, experiências militares com armas atômicas.
Destruição da Camada de Ozônio - Segundo um estudo feito por 80 cientistas de 25 países, a diminuição da camada de ozônio atual é maior do que as dos anos 80. Até o momento, a perda global dessa camada é de 3%. A previsão é que haverá perda nos próximos dez anos. Há um protocolo assinado em Montreal, Canadá, por vários países, no sentido de eliminar a terrível incidência de produtos composto de gases clorofluorcarbonos sobre a atmosfera.

Os especialistas em poluição sentenciam que se algo não for feito, extinguiremos a vida do Planeta Terra. Poderíamos citar outras tendências nos campos de viagens, conhecimentos tecnológicos, vícios em entorpecentes e destruição de famílias – a humanidade está num curso de fuga que pressagia o final desta era.

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