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EM RIO PRETO, PADRE RESSUSSITA HOSPITAIS ABANDONADOS
Júlio Cezar Garcia / Jornal Bom Dia, domingo, 1 de março de 2009
EM RIO PRETO, PADRE RESSUSSITA HOSPITAIS ABANDONADOS
Sob a administração de frei Francisco, construções falidas, fechadas, inúteis, renascem para amparar doentes excluídos.

Esqueletos gigantescos de tijolos, prédios mofados pelo abandono, como o Hospital do Lago e o Hospital Nossa Senhora das Graças, em Rio Preto, ganham vida e utilidade ao toque de frei Francisco. Construções falidas, fechadas, inúteis, ressuscitam para amparar doentes excluídos de tratamentos particulares e planos de saúde.

Casas de recuperação de drogados, hospitais gerais e específicos, ambulatórios, farmácias de alto custo brotam por todo o estado, de Aparecida a Porto Primavera, no Pontal do Paranapanema, de Rio Preto a Lins, Pirajuí, Santa Fé do Sul e Estrela d'Oeste. Na semana passada frei Francisco assumiu o gigantesco Hospital Universitário de Presidente Prudente, ligado ao curso de medicina da universidade Unoeste. Até Minas Gerais já recebeu um educandário para crianças carentes que deixam as creches.

Qual a origem dessa vocação para reerguer escombros e fazê-los funcionar em benefício dos excluídos? Frei Francisco mergulha no coração da Idade Média (séculos 5º ao 15) para revelar seu modelo de ação, sua inspiração. É desse tempo um dos santos mais admirados da Igreja Católica, Francisco de Assis, nascido no século 12. Francisco, que nasceu Giovanni di Pietri, veio ao mundo em uma família rica, alheia às carências, ao sofrimento dos pobres.

Na época, não havia cura para um mal que aterrorizava as pessoas, a lepra. Francisco de Assis, como qualquer outro, tinha verdadeira repugnância pelos leprosos e suas feridas perenes, que exalavam o odor da morte.

Até que se deu sua conversão dramática. Despojou-se da riqueza, abandonou o lar e foi viver miseravelmente entre pobres e doentes, que amparava, vestia e alimentava. Então, chegou-se a ele um leproso com suas chagas. Dominado pela caridade, Francisco abraçou o doente para espanto dos que temiam o contágio com o mal que - como diziam os antigos - descarnava os ossos.

Quase dez séculos depois, o exemplo de Francisco de Assis levou o padre Nélio Joel Angeli Belotti, nascido em Catanduva a 5 de julho de 1960, ordenado padre diocesano em Rio Preto, em 21 de dezembro de 1984, a fundar uma irmandade franciscana e trocar a batina pelo hábito de frei. "Cada ordem tem um carisma. O carisma franciscano é a caridade", diz.

"Quando a gente vira frei, se despoja até do nome. Foi o bispo d. José de Aquino, de Rio Preto, quem me deu o hábito marrom e o nome de Francisco", afirma. "Só uso hábito branco nos hospitais", explica. "A lepra era símbolo de maldição e pecado. São Francisco quebrou esse estigma e abriu casas para cuidar dos doentes", diz. E completa: "Ser franciscano hoje é querer abraçar as lepras deste século: as drogas, o alcoolismo, o marginalizado, o excluído, o deficiente, o menor abandonado, enfim tudo o que compõe a exclusão." O frei coordena 42 obras no estado.


BOAS RELAÇÕES COM ESTADO AMPLIAM OBRAS E SERVIÇOS

Gente que nem a família quis, por causa de quadros como paralisia cerebral, ou velhinhos pacientes de geriatria crônica, estão amparados pelo hospital Lar Santa Catarina, em Jaci, e pelo Hospital Nossa Senhora das Graças, de Rio Preto. Recebem tratamento com qualidade de hospital particular, mas custeado pelo estado. Uma pesquisa da Secretaria da Saúde com usuários das obras de frei Francisco constatou níveis de satisfação de até 87%. Inclui até o restaurante Bom Prato, na rua Pedro Amaral, em Rio Preto, que vende refeições a R$ 1.

Isso reforçou a boa relação com o estado e garante a expansão das obras e serviços da Associação Lar São Francisco de Assis, uma OSS (Organização Social de Saúde), o que lhe permite receber recursos oficiais para atendimentos em parceria com o próprio Estado.

"Desde o Mario Covas minha relação com o governo é boa. Se não fizermos, o estado tem de fazer, tem de pôr funcionário público para fazer. E franciscano faz melhor e mais barato."

As 42 obras custam R$ 11 milhões por mês, R$ 132 milhões por ano. Estima-se que custariam 35% mais, se administradas diretamente pelo estado. E dão mais de 4 mil empregos, diretos e indiretos.

No última dia 20, o governador José Serra veio a Rio Preto e, entre outros compromissos, inaugurou a reabertura da antiga maternidade da cidade, o Hospital Nossa Senhora das Graças. No mesmo dia, o secretário da Saúde do estado, Barradas Barata, entregou ao frei as chaves do hospital universitário de Presidente Prudente, que receberá recursos de R$ 30 milhões.

"Agora estamos adotando nos hospitais o serviço de ouvidoria para tratar das reclamações dos pacientes e familiares.
Desrespeito com paciente tem nossa tolerância zero", afirma o frei.


FESTA DO MILHO É INSPIRADA EM TRADIÇÃO DE FAMÍLIA

A maior festa gastronômica da região, a Festa do Milho de Jaci, completa 20 anos e começa no domingo que vem e vai até o dia 15. Nasceu nas famílias da cidade, segundo o frei Francisco.

"A festa tem uma história bonita e inspirada por Deus", afirma. "Eu queria que a obra tivesse uma forma de arrecadação que não fosse quermesse, bingo ou rifa. Queria algo mais participativo. Na época, vi em Jaci que vizinhos se reuniam, uns levavam milho, outros preparavam tudo e, no final, todo mundo comia pamonha, curau, milho assado, bolos."

Francisco gostou do que viu e quis imitar, mas teve um receio: "Aqui, todo mundo planta milho. Alguém vai querer comprar pamonha, quando pode ter de graça em casa?"

Ele estava enganado. Fez uma festa tímida no Centro de Lazer do Trabalhador, com umas cem pamonhas, alguns bolos, curau. Apareceram 500 interessados. Acabou logo.

"Vi que dava certo. No ano seguinte, viemos para o salão paroquial, que era maior. Programamos para 500 pessoas e vieram 1.500. Daquele dia para cá, o crescimento foi geométrico. No ano passado, vieram 70 mil pessoas no primeiro domingo e 90 mil no outro."

Na festa, o frei dirige a cozinha grande, de onde saem todas as comidas que vão para as barracas. "A gente entra por volta da meia-noite e vai até 5 ou 6 horas da tarde do outro dia. Eu chamo a festa de 'Milho da Solidariedade'. Só de voluntários, são 1.800 pessoas." Neste ano, Jaci inaugura o Parque do Milho, um estacionamento para quase 4 mil carros.
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